Domingo

Hoje, Domingo, o Evangelho narra-nos o encontro de Jesus com um jovem insatisfeito com a vida que levava (Mc. 10, 17-27).
Diz-nos o Evangelho que Jesus o olhou com simpatia e que gostou dele, que depositou nele grandes esperanças. Podia ter sido agregado ao grupo dos Apóstolos, porém foi-se embora «pesaroso, porque era muito rico».
Convida-nos o Senhor a pôr a render os nossos talentos, mas devemos fazê-lo em favor dos irmãos (Mt. 25, 14-46). Porque se deixou enredar pelo apego à riqueza, o jovem sem nome continuou sem nome, pois a sua vida não deixou rasto de solidariedade e de serviço aos outros.
Deus não exige nem pede que se acumule bens deste mundo; pede, sim, que se partilhe e reparta, e que haja justiça distributiva. «A ganância é uma idolatria» (Col. 3, 5). Ora o nosso recurso mais importante é o tempo. Tempo dado aos outros, dedicado ao serviço do próximo, é tempo ganho, duplicado e triplicado. S. Paulo atribui a Jesus a palavra: «A felicidade está mais em dar do que em receber» (Act. 20, 35)
Senhor,
Ensina-nos a descobrir a alegria de repartir. Que não o façamos a custo, ou em atitude paternalista, mas com o Teu próprio olhar, porque quando partilhamos com o Teu Amor, recebemos mais do que damos: Recolhemos em nós a Paz do Teu encontro.


P. Senra Coelho (in:www.rr.sapo.pt)