Domingo

O Evangelho narra-nos o encontro de Jesus com um paralítico «transportado por quatro homens. Como não podiam levá-lo à presença de Jesus, devido à multidão, descobriram o telhado no sítio em que Ele se encontrava e, tendo feito uma abertura, fizeram descer o catre em que jazia o paralítico» (Mc. 2, 3-4). Perante «a fé deles, Jesus disse ao paralítico: “Meu filho, os teus pecados te são perdoados”» (Mc. 2, 5).
A doença não é, necessariamente, consequência de pecados praticados, como era concepção generalizada no tempo de Jesus. No fundo, só Deus e a consciência bem formada sabem o que é pecado. Facto é que o mal existe no mundo e que Deus, por Jesus Cristo e seus seguidores, deseja que se lute contra o mal, nas suas causas e efeitos. O pecado é obra e manifestação do mal. A doença é um mal. Jesus curou o corpo e a alma do paralítico. O pecado é uma força tenebrosa que tenta impedir-nos de viver como quereríamos e deveríamos.
Quantas vezes, como S. Paulo, «não faço o bem que quero, mas o mal que não quero» (Rom 7, 15-25)!
O poder do mal e do pecado é suplantado e curado pelo dom gratuito do perdão de Deus. O perdão liberta quem o recebe e a pessoa que o concede. A luta contra o mal é dura e dolorosa, e levou à morte o próprio Filho de Deus, que deu a vida pelos pecadores. O Senhor deu a vida, e ressuscitando, quebrou o poder das trevas e fez a vitória da vida sobre a morte.
Senhor,
Que em nossas fraquezas saibamos aproximar-nos de Ti e confiar-Te as nossas dores e dificuldades. Ensina-nos também a levar até Ti todos os que sofrem e necessitam da Tua Salvação. Tu és o Filho de Deus, o nosso Salvador!


P. Senra Coelho (RR)