O stresse é um tema abordado nos mais diversos contextos,
desde a conversa de café até ao mundo cientifico. Embora não tenha uma
explicação, pode ser considerado como uma relação entre a pessoa e o ambiente
que é entendida de forma negativa pela pessoa e que coloca em risco o seu
bem-estar. Ou pode ser descrito como uma reação física, mental ou emocional da
pessoa a qualquer acontecimento ou mudança que exige uma adaptação.
O stresse deve ser considerado como necessário e adaptativo, e é comum a todos os seres humanos
independentemente da idade, do género e cultura. Apenas em circunstâncias
particulares a resposta ao stresse pode ultrapassar o limiar saudável,
tornando-se assim numa possível fonte de doença.
A determinação de que uma situação é stressante depende da
avaliação que a pessoa faz da situação e esta é influenciada por
características como a cultura, a circunstância que desencadeia o stresse, a
personalidade, a manutenção prolongada ou não do evento stressor, a sensação de
controlo sobre a situação e a especificidade orgânica de cada individuo. Também
a qualidade da resposta (adaptativa ou mal-adaptativa) dependerá da avaliação
que a pessoa faz do acontecimento stressor.
Os sinais e sintomas associados ao stresse podem ser
variados, e a resposta da pessoa ao stresse difere de pessoa para pessoa. As
manifestações mais comuns de resposta ao stresse, são: isolamento, insatisfação
no trabalho, aumento de consumo de álcool e tabaco, dificuldade de
concentração, dificuldade na tomada de decisão e pensamentos repetitivos, períodos
de cólera, diminuição da autoconfiança, sensação de instabilidade emocional, dores
de cabeça frequentes, aumento da tensão arterial e alterações do sono.
A persistência dos sintomas por longos períodos de tempo
pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças.
Deste modo, torna-se importante possuir estratégias que nos
permitam diminuir o stresse do dia-a-dia! Ficam aqui algumas estratégias com
maior eficácia que pode mobilizar, para melhorar os seus dias!
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Reconheça o stresse: apenas se controla o
stresse quando a pessoa reconhece o que está a experienciar, os fatores que o originaram
e a resposta.
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Faça exercício físico: melhora a
resistência ao stresse, proporciona uma sensação de relaxamento e revitalização
através de uma saída natural para a tensão produzida pelo corpo quando se
encontra em estado de alerta.
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Relaxe: o relaxamento pode ser atingido através de
técnicas de respiração, relaxamento muscular, imaginação guiada, entre outros e
pode ser realizado pelo próprio ou dirigido por um técnico.
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Medite: sente-se ou deite-se num local
calmo e “ouça-se”, torne-se consciente dos seus pensamentos, sentimentos e
sensações sem os julgar. Observe-os apenas.
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Foque-se nas soluções e não nos problemas:
aprenda passo a passo: 1. avalie os factos; 2. formule objetivos; 3. estude
alternativas para resolver o problema; 4. determine os prós e os contras de cada
alternativa; 5. Selecione uma alternativa e implemente-a; 6. Avalie o resultado.
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Socialize: debater um problema com um
amigo é muitas vezes o suficiente para interromper o aumento da resposta ao
stresse
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Ouça música: criar e ouvir música
estimula a motivação, a diversão e o relaxamento. A música pode trazer
alterações positivas ao estado de humor.
Se necessário procure ajuda especializada pois ter dificuldades em lidar de forma saudável
com situações de stresse é comum. Pelo que pedir ajuda a um profissional de
saúde mental, como um enfermeiro ou psicólogo, pode ser muito útil na resolução
da situação causadora de stresse.
“A melhor arma contra o stresse é a capacidade de escolher um
pensamento ao invés de outro”
William James
Veronique Rousselot Neves
Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica