FLÚOR - Programa Nacional De Promoção Da Saúde Oral
Etimologicamente, a palavra flúor é de
origem latina “fluo” que significa fluidez. É encontrado na Natureza e está
amplamente presente na superfície da Terra, aumentando
a sua concentração consoante a profundidade dos solos. Na água, apresenta-se em
quantidades que variam de mínimas (lagos, rios e poços) a altíssimas (mar). Já
no ar variam consoante o local desde o campo a zonas industrializadas. Tudo
isto implica que nos alimentos, a concentração de flúor também varia
largamente. No entanto, a ingestão de flúor proveniente de alimentos não possui
grande significado clínico, pois apenas 1/3 desse, se apresenta bio disponível.
As propriedades anticariogênicas (anti
cáries) do flúor foram descobertas devido a estudos sobre alterações na
pigmentação do esmalte dos dentes, no início do século 20, numa população que
consumia água contendo alta quantidade de flúor. Várias investigações
posteriores, levaram a concluir já na década de 30, que existe relação entre a
concentração de flúor na água potável, o predomínio da fluorose dentária e a
baixa predominância de cáries dentárias. A partir daí, o elemento flúor foi estudado
até se chegar a uma dosagem capaz de controlar e prevenir cáries SEM o risco de
se provocar toxicidade.
ACTUALMENTE
O USO DE FLÚOR É UM IMPORTANTE ALIADO NA REDUÇÃO DA PREVALÊNCIA E GRAVIDADE DA
CÁRIE DENTÁRIA E O SEU USO É RACIONAL, EFICIENTE E SEGURO.
Sabe-se igualmente que o benefício do
seu uso resulta essencialmente da aplicação tópica (a substância é aplicada
directamente onde se deseja – pastas dentífricas e elixires) e não do seu uso
sistémico (ingerido).
O
dentífrico fluoretado constitui a opção consensual pela comunidade científica
para a obtenção do efeito tópico, assim como a melhor opção olhando ao factor
preço-qualidade. A
protecção do dente pela acção tópica do fluor fica a dever-se à inibição do processo de
desmineralização, à potenciação do processo de remineralização e a inibição da acção
da placa bacteriana.
A higiene oral com uso de pasta deve iniciar-se logo
após a erupção do primeiro dente, utilizando uma pequena quantidade de
dentífrico fluoretado (1000-1500 ppm).
A partir dos 3 anos deve-se fazer a escovagem dos
dentes com um dentífrico fluoretado de 1000-1500 ppm, duas vezes por dia, sendo
uma delas obrigatoriamente antes de deitar. A quantidade a utilizar deve ser
semelhante (ou inferior) ao tamanho da unha do dedo mindinho da mão da criança.
As soluções para bochechos (recomendadas a partir
dos 6 anos de idade) têm sido utilizadas em programas escolares de prevenção da
cárie dentária, em inúmeros países, incluindo Portugal. Nas escolas do
concelho de Ferreira do Zêzere, os bochechos são planeados/realizados
quinzenalmente, com uma solução de fluoreto de sódio de concentração apropriada
ao bochecho quinzenal. Não confundir com as soluções fluoretadas de uso em casa, pois essas possuem habitualmente
uma concentração inferior de fluoreto de sódio podendo assim ser utilizadas
diariamente. O seu uso pode ser concomitante com o uso da pasta dentífrica.
Concluindo, na sua casa contribua activamente na promoção da saúde oral dos seus
filhos… Se se questiona de que forma?…
Promova
a realização da escovagem dos dentes!
Incentive-os
ao bochecho fluoretado quinzenalmente na escola!
E
seja um exemplo a seguir…
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Enfª Sandra Costa (Enfermeira
Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica)