Ficam caídas no chão envoltas no seu manto
Ornado de dourado e tecido com fios de natureza,
Hão-de ficar assim caídas, ignoradas, esquecidas
Antes que o vento as sopre e as revolva pelo ar
Sem destino, sem rumo, sem direcção para lhe dar.
Dantes orgulhosamente verdes, frescas e reluzentes
Envolviam os entrelaçados ramos de vida e de beleza,
Outrora vivas hoje abandonam-se e deixam-se cair
Uma após outra, após outra como que num bailado,
Trocando o abraço das ramos pela frieza do chão,
Ondas de castanho com laivos amarelos e vermelhos
Num tapete colorido, único, fascinante e sazonal,
Outono que chega na sua beleza única e especial.
HELENA PINTO In: http://sensacoesemocoes.blogspot.pt/2010/10/folhas-de-outono.html
l.