Domingo

Celebramos hoje o Pentecostes, ou seja, o quinquagésimo dia depois da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Nos Actos dos Apóstolos (Act. 2, 1-11) a vinda do Espírito Santo é-nos comparada com «uma forte rajada de vento» e com «línguas de fogo» que pousaram sobre cada um dos Apóstolos, e tudo mudou, naqueles homens: de inseguros, receosos e abatidos, transformaram-se em ousados anunciadores da Palavra, testemunhas intrépidas e convictas da pessoa e da doutrina de Jesus.
O Espírito de Deus age por meio de pessoas humanas. Precisa de gente que se coloque à disposição d´Ele, como instrumento da sua salvação. Por isso, precisamos muito de invocar o Espirito Santo, pois é d’Ele que recebemos os «Dons» da sapiência, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.
É também d’Ele que recebemos os «carismas» ou dons da graça que, na sua variedade, devem contribuir não para a divisão, mas sim para a união de todos num só corpo (1 Cor 12-14), graças ao maior de todos os dons, que é o amor (1 Cor 13, 13).
Como dizia Atenágoras, Patriarca Ecuménico de Constantinopla «Sem o Espírito Santo, Deus está longe, Cristo fica no passado, o Evangelho é letra morta, a Igreja uma simples associação, a autoridade uma forma de domínio, a missão propaganda, a liturgia um esconjurar de espíritos e a vida cristã uma moral de escravos».
Derrama Senhor sobre cada um de nós o Teu Espírito, para que se renove em nossas vidas a luz da Fé, a fecundidade da Esperança e o ardor da Caridade.


P. Senra Coelho (www.rr.pt)