Domingo

IV DOMINGO DA QUARESMA

 

«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»


A Palavra deste Dia...

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.

Jo 3, 14-21

 A palavra da Igreja…

«Tende entre vós os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-Se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-Se, identificado como homem, rebaixou-Se a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz. Por isso mesmo é que Deus O elevou acima de tudo e Lhe concedeu o nome que está acima de todo o nome» (Fl 2,5-9). [...] Este texto, de uma riqueza extraordinária, faz claramente alusão à primeira queda [...]. Jesus Cristo trilha os passos de Adão. Contrariamente a Adão, Ele é verdadeiramente «como Deus» (cf. Gn 3,5). Mas ser como Deus, ser igual a Deus, é «ser Filho» e, portanto, relação total: «o Filho, por Si mesmo, não pode fazer nada» (Jo 5,19). Por isso, Aquele que é verdadeiramente igual a Deus não Se agarra à Sua própria autonomia, ao carácter ilimitado do Seu poder e do Seu querer. Porque percorre o caminho inverso, torna-Se o dependente-mor, torna-Se o servo. Porque não segue o caminho do poder, mas o do amor, pode humilhar-Se até à mentira de Adão, até à morte e, então aí, erigir a verdade, dar a vida.


Assim, Cristo torna-Se o novo Adão por Quem a vida toma um novo rumo [...] A Cruz, lugar da Sua obediência, torna-se a verdadeira árvore da vida. Cristo torna-Se a imagem oposta à serpente, tal como diz João no seu evangelho. Dessa árvore não vem a palavra da tentação, mas a palavra do amor salvador, a palavra da obediência, pela qual o próprio Deus Se faz obediente e nos oferece assim a Sua obediência como campo da liberdade. A cruz é a árvore da vida que de novo se torna acessível. Na Paixão, Cristo afastou, por assim dizer, a espada flamejante (Gn 3, 24), atravessou o fogo e levantou a cruz como verdadeiro eixo do mundo, sobre o qual o mundo se reergue. Por isso a eucaristia, enquanto presença da cruz, é a árvore da vida que está sempre no meio de nós e nos convida a receber os frutos da vida verdadeira.

Cardeal Joseph Ratzinger (1981)

 A Palavra faz-se oração…

Quaresma, tempo de jejum:

http://www.youtube.com/watch?v=a0NaTCNyBcw


Contemplar a Palavra…
Que obras de penitência tenho feito?
De que preciso jejuar? Tempo? Alimento?...
Jejuo para que? E para quem?



O famoso compositor italiano Ludivico Einaudi pode nos ajudar a parar…




Desafio comunitário para a 4.ª Semana da Quaresma:

 DAR ALEGRE TESTEMUNHO DA VERDADE
 

Muitas vezes o nosso testemunho de fé é triste e enfadonho...

Nós cristãos somos chamados a ser testemunhas da maior alegria que existe neste mundo

e que escutámos no Evangelho de hoje:

“Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito,

para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Somos testemunhas alegres desta Boa Notícia?

Como procurarei viver alegremente a minha fé?

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CONVITE 

Domingo, 18 de Março de 2012

Santuário de Dornes, 15h00-18h00

RETIRO POPULAR DE QUARESMA

Vive a tua Quaresma dedicando uma tarde à oração, contemplação e adoração!


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Diácono Francisco Claro